terça-feira, 27 de abril de 2010

O que de mim

No vazio das perguntas descubro-me liberdade.

O que de mim se encontro a resposta fatal?

Viver exige um desconhecimento infinito...

Amplo, irrestrito, invencível.

Aos diabos com os completos,
os que precisam de muletas que os prendam ao viável.

Existir é estar de fronte ao impossível.

Ah Prometeu...

O fogo que roubaste condenou-nos ao mesmo destino.

Renascemos a cada dia para sermos novamente devorados pela dúvida.

Nos cuidados da infância aprendemos o mundo,
enquanto outros carregavam o fardo.

Já não posso deixar de enfrentar a miséria humana.

E como seguir se já não há estrada?

Eu nessa ilha cercada de mundo de todos os lados?

Como vivo é tudo que tenho.

Não sei dar lições ou desvendar mistérios.

Sei viver.

Um comentário:

Samuel Cardim disse...

Muito impressionante esse seu poema com uma linguagem que nos envolve, parabéns gostei muito do blog.