sábado, 6 de fevereiro de 2010

Flor de Papel

Quando nada existe, tudo cria.

Das mãos pesadas pendem frutos
severos, duros,
aqui e ali.

Acende-se uma fraca luz,
e das sombras nascem filhos,
sem berço, sem abrigo.

Nascem para serem deuses de lata,
arquétipo de uma humanidade impossível.

Não o Amor, não o Ódio. Um espelho.

Ora, o que não é conceito,
tampouco pode ser contido.

Vai! Arrancai as flores, façamo-nas de papel.
Sem perfume possa a vida ser real.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei do teu blog. Virei tua seguidora, rs. Abraço, Luciane

Gildo disse...

e de luzes e de reflexos subsistimos, parebens pela inspiração
Gildo Azevedo
http://poesiacontempo.blogspot.com/